Seguir ou não seguir?
Tentar ou não tentar?
Quantas e quantas vezes nos vemos diante de um dilema, em que temos que fazer uma opção e tememos pelas conseqüências que advirão.
Nesses instantes, só nos resta avançar ou recuar, não há meio termo.
É imprescindível que tenhamos a coragem necessária para assumir esta ou aquela posição e sustentarmos a nossa decisão. Coisa que é difícil, pois nossa educação nem sempre esteve voltada para o sentido da vida, para o entendimento dela, a fim de sabermos como agir diante das situações difíceis e complexas que ela nos propõe.
O corajoso sempre acredita em si, mesmo reconhecendo que pode fracassar e não atingir o alvo que perseguia.
É alguém que tenta, persevera e assume as conseqüências do seu investimento.
Não age por impulso, antes reflete, analisa e tenta prever as possíveis conseqüências dos seus atos. Se percebe que as suas atitudes irão prejudicar seus irmãos, recua e aguarda o momento mais propício de empreendê-las.
O corajoso não comunga com a mentira nem faz acordos espúrios, que comprometam a sua dignidade.
Sente a ansiedade em face do novo. Experimenta um certo medo diante do desconhecido, mas o desejo de desvendar, de conhecer, de ir além, é muito maior do que qualquer força que tente paralisá-lo.
É alguém frágil, que chora, experimenta solidão e também se surpreender com a vida. No entanto, aprende com cada situação, recolhendo os ensinamentos que as experiências lhe oferecem, fortalecendo- se para novos empreendimentos.
Mais do que ir por caminhos desconhecidos, iniciar projetos arrojados, aceitar grandes desafios, o corajoso caminha pelas estradas do seu próprio coração. Preocupado que é em conhecer-se, trava batalhas silenciosas e ignoradas pelos que o acompanham. Perde e ganha dentro de si, sem que o mundo tome conhecimento das suas lutas.
Sem dúvida alguma, é alguém que está lançando as bases para um mundo melhor. Pois reconhece que os alicerces de uma nova sociedade se forjam dentro de um novo Homem.
Autor: Cezar Braga Said