Resumo

“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida”

(Vinícius de Moraes)



Coloco aqui meus encontros e desencontros de conceitos, desejos, sonhos, princípios e pensamentos.

Não há em meus textos NENHUMA intenção política e religiosa.

Muito menos de ofender alguém.


27 de abril de 2011

Está faltando amor.

Vivi um tempo no qual as pessoas se abraçavam, se beijavam, demonstravam seu afeto pelo outro. Me lembro dos bilhetinhos que recebia dos meus namoradinhos de adolescência, das amigas que juntavam suas mesadas para comprar aquele presentinho de natal ou de aniversário. Era um tempo que se a turma toda não estivesse junta não tinha graça ir a qualquer lugar. Dividíamos nosso dinheiro, nossas roupas, nossa coca-cola, nossas alegrias e nossas tristezas.

Onde foram parar essas pessoas?
Cada vez menos vejo essas demonstrações no dia a dia, tenho sentido muita falta disso, de um abraço carinhoso, de um ombro para encostar, de um simples obrigado. O mais comum é ver as pessoas debochando de qualquer demonstração de amor. Parece que o legal é ser insensível, propagar que não tem sentimentos bons.

Sou do tipo mãezona com meus amigos, coloco no colo, dou o melhor de mim, me preocupo, estou sempre procurando saber se estão bem. Mas poucos são assim comigo, eu até tento me acostumar com isso mas não dá.

As pessoas estão cada vez mais voltadas para seu próprio umbigo, estão tão preocupadas com seus problemas que muitas vezes nem percebem que o outro está passando por coisa muito pior.

Num país onde a média de duração do casamento está em sete anos, as amizades devem estar por volta de dois?

Sei lá, ando meio decepcionada com as pessoas, com a falta de tato, com a falta de respeito pelos lutos da vida, com a falta de consideração. Na verdade está faltando tratar os sentimentos com sinceridade, sem medo de ser julgado, sem medo de ser criticado, está faltando a pureza de uma criança quando te abraça e diz que está com saudades.

Está faltando amor, só isso.