Resumo

“A vida é a arte do encontro, embora haja tantos desencontros pela vida”

(Vinícius de Moraes)



Coloco aqui meus encontros e desencontros de conceitos, desejos, sonhos, princípios e pensamentos.

Não há em meus textos NENHUMA intenção política e religiosa.

Muito menos de ofender alguém.


31 de maio de 2010

Perdoar , Relevar ou Tolerar?

  Perdoar – Conceder perdão a (alguém) (por erro, pecado, crime, dívida etc.); desculpar, relevar;
  Relevar – Ser tolerante com; perdoar, desculpar;
  Tolerar – Aguentar com resignação, paciência, aceitar, suportar; ser conivente com, consentir
  •Fonte: Dicionário da Língua Portuguesa Houaiss

  Veja a confusão dos significados destas palavras. Perdoar é relevar que é tolerar. Simplificando perdoar é aguentar com resignação.

  Perdoar é perdoar, a vítima esquece, apaga, desconecta da mente a ofensa que sofreu.
  É o mais difícil, esquecer uma ofensa grave é complicado, deixa sempre uma marca, uma ferida. Tem uma listinha básica que não tem perdão.
  Roubo
  Assassinato
  Estupro
  Traição amorosa
  Com exceção do roubo, (que pode ser um ato de desespero, como um filho passando fome) os demais não tem justificativa.

  Relevar é fazer vista grossa, não esquece, mas finge que esquece.
  É o mais comum, passamos por cima da ofensa por diversos motivos.
  Relevamos faltas de quem amamos, daquele amigo tão querido... Depende do tamanho do sentimento e da conveniência.

  iiiiiiiiii, tolerar, esse é terrível. São aqueles casos complicadíssimos que temos que conviver com o algoz e não tem jeito. Por exemplo, o chefe carrasco, ele ofende todo mundo, tá sempre mal humorado, exige o impossível, mas paga seu salário.

  No final das contas dizemos que perdoamos todo mundo, para viver melhor e não criar mais conflitos. Não dá para perdoar? Mande rezar uma missa de sétimo dia para o ofensor (mesmo que ele esteja vivo) e coloque na cabeça que ele realmente morreu.


  Um conto para refletir.

  "Era uma vez um rapazinho que tinha um temperamento muito explosivo.
  Um dia ele recebeu um saco cheio de pregos e uma tábua de madeira. O pai disse-lhe que martelasse um prego na tábua cada vez que perdesse a paciência com alguém.
  No primeiro dia o rapaz pregou 37 pregos na tábua. Já nos dias seguintes, enquanto ele ia aprendendo a controlar a sua raiva, o número de pregos martelados por dia foram diminuindo gradualmente. Ele descobriu que dava menos trabalho controlar a sua raiva do que ter que ir todos os dias pregar vários pregos na tábua...
  Finalmente chegou o dia em que ele não perdeu a paciência em hora nenhuma.
  Ele falou com o pai sobre seu sucesso e sobre como se sentia melhor em não explodir com os outros, e o pai sugeriu que ele retirasse todos os pregos da tábua e que a trouxesse ate ele. O rapaz trouxe então a tábua, já sem os pregos, e entregou-a ao pai.
  Ele disse "estás de parabéns, meu filho, mas olha para os buracos que os pregos deixaram na tábua, ela nunca mais será como antes". Quando falas enquanto estás com raiva, as tuas palavras deixam marcas como essas. Podes enfiar uma faca em alguém e depois retirá-la, mas não importa quantas vezes peças desculpas, a cicatriz ainda continuará lá. Uma agressão verbal é tão violenta como uma agressão física.”