“Auto estima é a capacidade que uma pessoa tem de confiar em si própria, de se sentir capaz de poder enfrentar os desafios da vida, é saber expressar de forma adequada para si e para os outros as próprias necessidades e desejos, é ter amor próprio...”
(Olga Tessari – Psicóloga)
Ter boa auto-estima parece simplesmente estar de bem com a vida, envolve muito mais que isso. É se ver como uma pessoa digna de ser amada e respeitada.
Não ter medo das opiniões contrárias as suas. Não se preocupa em entrar em debate querendo impor sua opinião. Essas coisas não fazem parte da vida de quem tem boa auto-estima, sua filosofia de vida não depende de aprovação dos outros. A boa auto estima faz a pessoa brilhar só por existir, não precisa de subterfúgios para chamar a atenção dos outros.
Baixa auto estima é quando este sentimento está abalado, destruído ou falido. Isso gera um monte de problemas que nem a própria pessoa percebe. Geralmente a pessoa com baixo auto estima tem tendência perfeccionista e que precisa se sentir no controle do que acontece a sua volta, o que provoca altos níveis de stress, sente-se vítima de tudo e de todos, preocupa-se demais com que os outros pensam dela, evitam emitir sua opinião, gostos, valores, pensamentos e principalmente os sentimentos, nessa tentativa de não se mostrar, acaba tornando-se uma pessoa mentirosa para si mesma e para os outros.
Bem, ninguém tem uma boa auto-estima tão alta e poucos tem uma baixa auto-estima com todos esses detalhes.
Invejar aquele corpo perfeito que as revistas impõem, achar que a grama do vizinho é mais verde, se desvalorizar por não ter conseguido “segurar” um amor, lamentar sempre os erros do passado, sentir-se menos por não ter os mesmos cursos ou faculdades que seus amigos, por não ter aquele carro, aquela casa. São coisas que levam uma pessoa baixar sua auto estima, é uma questão de se deixar arrastar. Todos tem opções, aceitar as coisas que a vida trouxe e lutar para que seja melhor ou viver à sombra dos outros.
Sonhar mais um sonho impossível
Lutar quando é fácil ceder
Vencer o inimigo invencível
Negar quando a regra é vender
Sofrer a tortura implacável
Romper a incabível prisão
Voar num limite improvável
Tocar o inacessível chão
É minha lei, é minha questão
Virar este mundo, cravar este chão
Não me importa saber
Se é terrível demais
Quantas guerras terei que vencer
Por um pouco de paz
E amanhã se esse chão que eu beijei
For meu leito e perdão
Vou saber que valeu
Delirar e morrer de paixão
E assim, seja lá como for
Vai ter fim a infinita aflição
E o mundo vai ver uma flor
Brotar do impossível chão
(Sonho Impossível - Maria Bethânia)